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29 de jun. de 2015

Petrópolis e suas ações sustentáveis


Participante do programa Cidades Sustentáveis, Petrópolis faz algumas ações de estímulo ao aumento da reciclagem de resíduos. 

Alguns bairros possuem coleta seletiva e pontos de entrega voluntária recebem materiais recicláveis em troca de desconto nas contas de luz.

A cidade promove, no Palácio de Cristal, várias festas temáticas como a Festa do Colono Alemão, a Festa da Itália, a Festa do Japão, a Festa da Índia, a Festa da Africa. Em todas elas são apresentados os costumes das diferentes culturas e comidas típicas.

Para incentivar a reciclagem, a empresa responsável pela coleta de resíduos mantém uma barraca para recebimento de materiais recicláveis. O material, que já deve estar separado (vidro, plástico, metal, papel), é pesado no local e gera pagamento imediato. A barraca mostra iniciativas da cidade em coleta de óleo usado e artesanato feito com material reutilizado.  

Muitos bairros ainda não possuem a coleta seletiva, mas passo a passo a cidade começa a aproveitar oportunidades para mostrar que na cidade imperial, cuidar dos resíduos está entre os objetivos de seu programa de sustentabilidade.

6 de fev. de 2015

Logística reversa de resíduos em Petrópolis

imagem do jogo gestão de resíduos
A logística reversa de resíduos foi estabelecida pela lei federal 12.305/2010 e determina o retorno de resíduos ao processo industrial ou para uma disposição ambientalmente adequada. A lei indica a logística reversa dos seguintes resíduos: agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Além desses resíduos, o Ministério do Meio Ambiente incluiu mais dois grupos: o de medicamentos vencidos e o de embalagens em geral.

A logística reversa de resíduos acontece com acordos setoriais que incluem fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes por meios de suas associações. É realizado um estudo de viabilidade técnica e econômica que é a base para a proposta do acordo. O acordo passa por consulta pública para que todos possam opinar sobre as formas de gestão.

Para a coordenação da logística reversa de resíduos, algumas instituições foram criadas:

Agrotóxicos: Inpev
Pneus: Reciclanip
Embalagens de óleo lubrificante: Jogue Limpo

Essas instituições mostram em seus sites os pontos de coleta dos resíduos que gerenciam. Para os demais resíduos, temos em Petrópolis:

Pilhas e pequenas baterias: podem ser descartadas em coletor localizado na galeria do edifício Regente, na rua Paulo Barbosa. Algumas lojas maiores - Casas Bahia e Ponto Frio - possuem coletores de pilhas. O banco Santander também tem seu famoso "papa-pilhas".

Lâmpadas fluorescentes são aceitas pela Comdep que possui equipamento para separação do mercúrio e outros componentes. Precisam ser colocadas em caixa de papelão para que não se quebrem e entregues nos pontos de coleta (Mosela e Carangola). O Município possui contrato com a Empresa Ambiserv Sul Ambiental Ltda, que coleta e descontamina as lâmpadas e providencia a disposição correta. As lâmpadas são armazenadas no Ecoponto do Carangola, num total aproximado de 60.000 unidades/ano.

Medicamentos vencidos: Farmácias de Petrópolis terão que disponibilizar, a partir do mês de maio de 2015, pontos de coleta para o recolhimento de medicamentos domiciliares vencidos, deteriorados ou não utilizados.Novo projeto de Lei, em Petrópolis, determina que os responsáveis pelos pontos de venda instalem uma placa indicando o local do descarte com a orientação: “Descarte seu medicamento vencido, alterado ou não utilizado aqui”. O recipiente deve ser instalado em local de acesso livre. O projeto prevê que as indústrias fabricantes, manipuladoras, distribuidoras, importadoras e de comércio varejista, fiquem responsáveis por executar seus próprios programas de gerenciamento de resíduos farmacêuticos domiciliares, dando a eles a destinação ambientalmente correta. Atualmente, temos dois pontos de coleta estabelecidos:

- Medicamentos dentro do prazo de validade são recebidos pela paróquia do Sagrado Coração. Basta levar o medicamento até a portaria da Igreja do Sagrado Coração, na rua Sete de Abril. Eles direcionam o medicamento a pessoas carentes.
- Medicamentos vencidos podem ser entregues na Farmácia de Manipulação Brasil, na Galeria Cristal.

Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos: Apesar da lei municipal 7042/2012 e de iniciativas como da antiga ONG PC Vida, os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos estão sem destino certo em Petrópolis. 

Não faz parte da exigência de logística reversa de resíduos, mas há iniciativas de coleta de óleo de cozinha usado por empresas que coletam em restaurantes. Para os resíduos domésticos de óleo de cozinha, o GAAPE (Grupo Amigos dos Autistas de Petrópolis) recebe doações em sua sede na Rua Santos Dumont, 604, Centro.

Ainda é difícil para a população destinar esses resíduos adequadamente. Há poucos bairros contemplados com a coleta seletiva e poucos pontos de coleta. A legislação e a estrutura caminham passo a passo na busca de soluções viáveis. Tão importante quanto legislação e estrutura é o nosso envolvimento em destinar corretamente o máximo de resíduos que geramos.





28 de jan. de 2015

Se não dá para reutilizar, então manda para a reciclagem

Ser voluntária do Instituto Precisa foi uma decisão acertada. Aprender sobre preservação do meio ambiente é como fazer exercícios físicos, a gente só tem a ganhar. Como o Instituto Precisa foi fundado por engenheiros químicos, a legislação norteia seus métodos e ações. 

Da Política Nacional de Resíduos Sólidos seguimos a ordem de prioridades: a primeira delas é evitar a geração de resíduos e por aí vai... reduzir, reutilizar, reciclar, tratar os resíduos perigosos e finalmente dispor em local adequado.

Quando recebo uma missão do Instituto Precisa, tenho essa ordem em mente. Dia desses, Suely me pediu para procurar uma loja de carimbos para devolver as bases de madeira de carimbos não mais utilizados. Ela retirou a parte plástica e me entregou as pequenas peças de madeira. Lá fui eu para minha missão de "reutilização". 

Na primeira loja, a atendente não conseguiu sequer entender o meu pedido e chamou um funcionário mais antigo.
"Não senhora, não usamos mais esses modelos. Agora só fazemos em plástico."
Na segunda loja, comecei perguntando se eles produziam carimbos com essas bases e me convenci que não encontraria em Petrópolis uma loja que tivesse interesse pelas pequenas peças. Voltei ao Instituto com o pensamento de "Ah... Suely, dessa vez eu te peguei" e contei para ela minha missão fracassada, esperando sua reação. Ela, tranquilamente, respondeu:

"Não dá pra reutilizar? Então manda para a reciclagem!"

Na hora, lembrei das prioridades da PNRS. Se o resíduo foi gerado, vamos tentar reutilizar, se não for possível, então vamos reciclar. Seja uma garrafa pet já muito reutilizada e reciclada, seja um objeto qualquer do dia a dia, como os carimbos velhos da Suely.


Prioridades da PNRS em vídeo educativo




Preparamos esse vídeo para uso em palestras e treinamentos sobre as prioridades da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O vídeo faz parte do Jogo Gestão de Resíduos que você pode conhecer em: Instituto Precisa - Jogo Online Gestão de Resíduos

Vamos jogar?

27 de ago. de 2013

PNRS e a Gestão de Resíduos Sólidos - Não Geração

Nos objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos é clara a ordem de prioridade estabelecida. Em se tratando de resolver os problemas relacionados à gestão dos resíduos sólidos, o primeiro ponto a considerar é a NÃO GERAÇÃO.  

Indústrias podem atuar, gerando menos embalagens e produzindo embalagens de maneira mais racional. Ainda compramos produtos em uma caixa, com um saco em seu interior, que por sua vez acomoda um frasco. Produzir embalagens considerando apenas o apelo visual e os conceitos de marketing não combina com a mudança de paradigmas imposta pelo século 21 com seus desafios ambientais. O que mais podemos pensar em termos de NÃO GERAÇÃO?

1. Contribuiria com a NÃO GERAÇÃO se os conectores de carregadores de aparelhos eletroeletrônicos fossem padronizados. Assim, poderíamos aproveitar os de aparelhos antigos, ao invés de precisar comprar sobressalentes no mercado de um item que acumulamos em nossas gavetas por falta de padronização.

2. Os atendentes das farmácias são muito gentis ao nos oferecer uma pequeno saquinho para embalar uma cartela de remédio, que poderíamos simplesmente colocar no bolso ou na bolsa sem qualquer embalagem adicional. O comércio pratica a gentileza no atendimento. A educação ambiental deve frequentar todos os espaços e farmácias podem usar o fato de diminuírem a distribuição dos saquinhos como contribuição para a redução da poluição.

3. Ainda nas farmácias, os remédios de uso contínuo para os que sofrem de hipertensão, diabetes e outros males poderiam ser vendidos em cartelas - sem bula ou caixa - como é feito com a maioria dos antigripais. 

4.  Brindes - a distribuição de agendas e calendários vem diminuindo ao longo dos anos. Antigamente, acumulávamos brindes recebidos por mais que distribuíssemos para colegas e familiares. Hoje em dia, porém, a prática de corridas e maratonas garantem uma coleção sem fim de garrafinhas de água, toalhas de mão e viseiras. E cabe a pergunta: alguém usa viseira no Brasil? Num país tropical usamos chapéus ou bonés porque precisamos proteger a cabeça e não apenas os olhos. Sabemos que viseiras são mas baratas do que bonés. Mas sabemos também que esta seria uma ótima oportunidade para praticar a NÃO GERAÇÃO. Por que não?

E você, consegue identificar outras oportunidades de NÃO GERAÇÃO no seu dia a dia. Comente aqui ou no Facebook do Precisa. Quando se trata de consumo sustentável, o primeiro questionamento a ser feito é: Precisa?

26 de ago. de 2013

PNRS e a Gestão de Resíduos Sólidos - Redução

Esta é uma série do Instituto Precisa que aborda a ordem de prioridade na gestão dos resíduos sólidos, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que depende da participação de toda a sociedade para a mudança de padrões estabelecidos que não são mais compatíveis com o momento em que vivemos. A educação ambiental é um assunto transversal, mas não secundário.

O segundo item na prioridade da gestão de resíduos é a REDUÇÃO. O que podemos fazer para isso? Podemos reduzir o uso de materiais de reciclagem mais difícil, esse é o caso do isopor que mesmo sendo reciclável, tem em seu volume uma característica que dificulta esse processo.

Em que situações podemos evitar o uso de isopor, reduzindo sua produção? Na embalagem para proteção dos grandes eletrodomésticos ele é fundamental. Nas porções fracionadas de carne também protege o produto embalado, embora a cidade de Nova Iorque seja pioneira na proibição para esse fim (Resolution to ban sale of polystyrene and its use for food packing in NYC).

O uso de descartáveis em festas e eventos pode evitar o uso do isopor. Algumas empresas de transporte de encomendas já trocaram o isopor pelas almofadas de ar, mostrando que a criatividade pode ajudar a solucionar problemas ambientais e ainda reduzir custos operacionais (saiba mais).

As escolas também podem fazer sua parte e os produtores de eventos também. Para a implementação efetiva da PNRS, a participação dos consumidores é fundamental. Quando o atendente do supermercado incluir isopor nos frios que você comprar fatiado, não deixe de questioná-lo: Precisa?

25 de ago. de 2013

PNRS e a Gestão de Resíduos Sólidos - Reutilização

Esta é uma série do Instituto Precisa que aborda a ordem de prioridade na gestão dos resíduos sólidos, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que depende da participação de toda a sociedade para a mudança de padrões estabelecidos que não são mais compatíveis com o momento em que vivemos. A educação ambiental é um assunto transversal, mas não secundário.

O terceiro item na ordem de prioridade na gestão de resíduos sólidos é a reutilização. Palavra de ação difícil em nossa sociedade de consumo que valoriza até amor descartável. Reutilizar é fazer durar o que ainda é útil, valorizar o que um dia foi sonho de consumo, aproveitar móveis, roupas, usar o caderno do ano anterior repleto de folhas intactas, imprimir no outro lado do papel, aproveitar sobras do almoço e usar as polêmicas sacolas de supermercado para embalar o lixo de cada dia. É claro que a gente gosta de coisa nova, todo mundo gosta. Mas todo mundo também tem a experiência de, ainda adolescente, ter sido trocado por um outro amor. Reutilizar é olhar a vitrine cheia de apelos mas manter a velha calça jeans, não por apego, mas por saber que alcançaremos o mundo sustentável que queremos reduzindo a pressão na extração dos recursos naturais.

Um dia tudo vira lixo, reutilizar é contribuir para que esse dia demore um pouco mais a chegar.

24 de ago. de 2013

PNRS e a Gestão de Resíduos Sólidos - Reciclagem


Reciclagem é assunto falado mais em escolas do que na sociedade como um todo e é comum ouvir professores comentarem sobre os questionamentos de alunos mais observadores: "Professora, por que a gente tem que colocar em caixas separadas se depois misturam tudo na hora de levar?". Educação ambiental e estrutura de tratamento de resíduos sólidos estão caminhando juntas, mas lentamente. 


Em poucas cidades, como Itu/SP e Londrina/PR, a coleta seletiva está bem implementada e já é consenso que grandes centrais de reciclagem têm maior chance de prosperar, pois na situação atual de pequenas cooperativas 65% do lucro com a reciclagem ficam com atravessadores e indústria, deixando o resto a ser dividido entre os catadores cooperados.

Para o sucesso da reciclagem a participação da sociedade é importante e a estrutura das cidades é fundamental. O lixo reciclável, diferente do lixo comum, requer cuidados no transporte e manuseio e precisa ser lucrativo para as cooperativas para que estas se engajem de fato. 

Nos domicílios, papel, plástico, vidro e metais podem ser separados sem qualquer dificuldade. Nas indústrias, o processo é mais rápido porque essas pagam pelos resíduos sólidos retirados e separar o que pode ser reciclado diminui esse custo. Uma vitória recente da reciclagem é o caso dos pneus que por tanto tempo foram descartados em rios e terrenos baldios sem qualquer cuidado ou tratamento. A Política Nacional de Resíduos Sólidos colaborou para esse fim com a obrigação de sistemas de logística reversa (retorno ao processo produtivo) envolvendo fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pneus. Novas tecnologias de destinação começaram a ser praticadas, dentre elas a utilização dos pneus em fornos da produção de cimento, como substituto parcial de combustíveis; fabricação de artefatos de borracha; reciclagem por meio de fabricação de borracha moída, com separação e aproveitamento do aço; além de uma tecnologia desenvolvida pela Petrobras, usando o material como substituto parcial de combustível para obtenção de óleo de xisto.

A pressão da legislação sobre questões ambientais acaba por favorecer novos negócios ligados à reciclagem. A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu a logística reversa de embalagens em geral para que esses itens, apesar de não serem resíduos perigosos, recebam um cuidado maior por parte de toda a sociedade. 


22 de ago. de 2013

PNRS e a Gestão de Resíduos Sólidos - Tratamento


A imagem ao lado mostra a prioridade em relação a resíduos, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Começando com a não geração, isto é, deixando de produzir o que rapidamente irá para o lixo, como embalagens desnecessárias e terminando com a destinação final ambientalmente adequada. 


O tratamento de resíduos - quinto item na prioridade - se encaixa na necessidade de evitarmos a contaminação de rios e solo com produtos perigosos. As indústrias respondem a legislação específica e destinam seus resíduos de produção com características perigosas a aterros industriais criados para isso. O problema do século 21 é que em nossas casas também temos resíduos perigosos e o que antes não era relevante, ganhou importância num planeta com 7 bilhões de habitantes.

Quais resíduos perigosos saem de nossas casas para os aterros sanitários? Medicamentos vencidos, restos de tinta, lâmpadas compactas, resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, pilhas e baterias.  A PNRS estabeleceu a responsabilidade compartilhada para que todos tenham cuidado com o lixo a fim de evitar contaminação de rios e solos. Como funciona esse sistema? Por meio da logística reversa. 

A logística reversa, sistema que prevê o retorno de resíduos à cadeia de produção, envolve indústria e comércio. A ideia é estabelecer pontos de coleta para que consumidores possam entregar os resíduos perigosos. Algumas empresas, antes que os acordos setoriais sejam firmados, tomaram a iniciativa de oferecer pontos de coleta para pilhas e baterias. Algumas farmácias recebem medicamentos vencidos. Muitas cidades já possuem recicladores de eletroeletrônicos que aceitam doações de pessoas e empresas, mas poucos recebem os eletrodomésticos maiores, como geladeiras e máquinas de lavar. O caso das lâmpadas é um pouco mais complicado, pois precisam ser mantidas íntegras para não liberarem mercúrio. Apesar de não ser classificado como resíduo perigoso, o óleo de fritura usado também é recebido por algumas ONGs e distribuidoras de gás de cozinha.

A gente acha que tratamento de resíduos é coisa de empresa prestadora de serviço público, mas é a participação de todos nós que contribuirá com a ausência de contaminação de nossas águas. Tratamento de resíduos começa com informação e continua com cada um de nós fazendo o seu papel.


20 de ago. de 2013

PNRS e a Gestão de Resíduos Sólidos - Destinação Final

Esta é uma série do Instituto Precisa que aborda a ordem de prioridade na gestão dos resíduos sólidos, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que depende da participação de toda a sociedade para a mudança de padrões estabelecidos que não são mais compatíveis com o momento em que vivemos. A educação ambiental é um assunto transversal, mas não secundário.

A Lei nº 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é considerada uma lei moderna por conter instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país para a solução no manejo dos resíduos sólidos. Ela determina a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas privadas e população, definindo o papel de cada um na questão ambiental .

A PNRS institui a logística reversa - instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento e reciclagem, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. 

A PNRS prevê a redução no volume de resíduos encaminhados aos aterros sanitários, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar:

1. O aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos - o que tem valor econômico e podem ser reciclados ou reaproveitados.

2. A destinação ambientalmente adequada dos rejeitos - o que não pode ser reciclado ou reutilizado. Inclui nesse item a destinação correta dos resíduos perigosos, tanto os que saem dos setores agrícolas, industriais e hospitalares, quanto os de uso doméstico.

Perceba que resíduos e rejeitos são termos distintos: resíduos podem ser aproveitados, rejeitos não.  A PNRS faz diferença também entre destinação final e disposição final. Para entender melhor: o caso de resíduos de serviços de saúde que precisem ser incinerados terão como destinação final o incinerador. As cinzas que sobrarem do processo de incineração são rejeitos que terão como disposição final valas assépticas feitas para isso.

O maior desafio é aumentar a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem para diminuir o volume dos resíduos destinados a aterros. Produção e consumo sustentáveis têm muito a contribuir com o resultado que esperamos e um programa de 10 anos foi estabelecido em 2012, na Rio+20 para que a gente debata o assunto, buscando soluções e engajamento. Se você leu esse texto até aqui, certamente ajudará a multiplicar a informação. 

18 de jun. de 2013

Todos juntos para acabar com os lixões no Brasil





A 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente vai discutir a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com foco nos seguintes temas:

1. Produção e consumo sustentáveis: 
Como podemos consumir de forma mais inteligente, produzindo menos lixo.

2. Redução dos impactos ambientais: 
Como o cidadão pode reduzir e descartar de forma adequada o lixo que produz. Como reduzir as enchentes e a poluição dos mares, proteger as nascentes dos rios, os animais, as plantas e nossa saúde. E ainda, como acabar com os lixões até 2014.

3. Geração de emprego e renda: 
Como melhorar as condições de vida das pessoas que hoje tiram o sustento de suas famílias da catação do lixo. Este tema é direcionado à organização de cooperativas de catadores, que separam e reciclam os resíduos sólidos em galpões equipados para isso.

O convite vale para todos. Qualquer brasileiro pode contribuir com a Conferência Nacional, participando diretamente das conferências municipais, regionais e estaduais, das conferências livres e também das conferências virtuais.

Este é o momento para compartilhar boas ideias.

Para saber mais: 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente

7 de dez. de 2012

Projeto Precisa - A exposição pergunta: Precisa?

Se uma imagem vale mais que 1000 palavras, a exposição do Projeto Precisa sobre resíduos sólidos vale um livro inteiro. A exposição, mostra os limites da reciclagem, os problemas do lixo industrial e além de informar, convida os participantes a um momento de reflexão sobre os impactos causados pelo consumo. O setor produtivo busca soluções ambientalmente adequadas na medida em que nós, consumidores, percebemos essa necessidade.


Em 2012, a exposição do Projeto Precisa participou do Congresso Regional dos Estudantes de Engenharia Química da UFF, em Niterói e do Colóquio de Engenharia Química da COPPE/UFRJ, no Rio de Janeiro. Para Suely Valente, que leva a exposição do Projeto Precisa nos cursos que ministra na área ambiental, é muito importante preparar o estudante de Engenharia Química para os desafios da gestão dos resíduos. O Engenheiro Químico pode contribuir com a redução de geração, com a escolha de materiais sustentáveis e com outras soluções que resultem em produção mais limpa e meio ambiente menos impactado.



Parte da exposição é dedicada aos resíduos industriais:

As soluções encontradas:
  
E as situações ainda sem solução:

Conhecer os desafios é o primeiro passo para a busca de soluções e enquanto o mercado descobre, inventa, testa e lança novos materiais, os novos profissionais precisam estar capacitados para saber fazer a melhor escolha, considerando sempre o meio ambiente nos custos de produção. 


21 de set. de 2012

Dia da Árvore

Dia de plantar mudas de araçá, pitanga e quaresmeira.

Dia de levar eletroeletrônicos para a reciclagem e assim manter solos e água livres da contaminação de metais pesados.

Parabéns Petrópolis (RJ) e outras cidades que aproveitam esse dia para ações de educação ambiental - coleta seletiva, reflorestamento,  tratamento de resíduos perigosos.




Em Petrópolis, uma iniciativa da Diretoria de Ciência e Tecnologia montou stands para receber computadores usados na Praça Dom Pedro durante toda a semana da árvore (17 a 21 de setembro). São distribuídas mudas de árvores doadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro e realizadas atividades de conscientização ambiental. Podem também ser feitas inscrições gratuitas no curso de informática básica, disponível para toda a população. 




13 de set. de 2012

Coleta Seletiva - Necessidades, Ações e Resultados


Imagem: Pimp My Carroça
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - Lei 12.305/2010) define que catadores de recicláveis devem ser integrados ao processo de tratamento de lixo das cidades. Chega o momento de desenvolver ações integradas, considerando todas as medidas envolvidas no enfrentamento da questão social do lixo, desde a geração dos resíduos até o destino final.

O desafio para as prefeituras não está relacionado apenas à estrutura necessária de transporte, armazenamento e seleção. Em uma sociedade onde jogar lixo no chão, nos rios e pela janela do carro é uma atitude considerada normal, ações de educação ambiental são vitais.

O que se espera das cidades: 

1. Promover a capacitação e a organização social emancipatória dos catadores como agentes ambientais.
2. Sensibilizar e informar a sociedade sobre o destino correto dos resíduos.
3. Implementar a coleta seletiva solidária.
4. Instalar postos de entrega voluntária no município, gerando trabalho e renda.

Resultados ambientais esperados:
1. Redução do volume de materiais depositados em aterros.
2. Ampliação do volume de material reciclado.
3. Aumento da eficiência dos serviços de limpeza pública, coleta, tratamento e disposição final.

Resultados sociais esperados:
1. Melhoria das condições socioeconômicas dos catadores.
2. Ampliação da consciência ambiental.
3. Valorização da cidade como um todo pelas ações de limpeza urbana.




23 de ago. de 2012

O lixo é igual no mundo todo, mas seu tratamento... quanta diferença!

A realidade dos sistemas de processamento de resíduos sólidos está diretamente ligada à renda de cada país. Quanto maior a renda, mais avançado o sistema. Em países de baixa renda nem todo o resíduo sólido é coletado e, mesmo assim, mais da metade coletada é destinada a lixões.

Ao redor do mundo, algumas iniciativas começam a mudar a maneira como tratamos nossos resíduos. O Canadá conseguiu alcançar a meta de reduzir em 50% a quantidade de resíduos sólidos gerada até o ano 2000 com iniciativas do governo, das empresas e da comunidade. Entre as medidas estão a aprovação de legislação específica, a criação e o apoio a programas de infraestrutura e de educação, e incentivos econômicos. O destaque foi o estímulo à compostagem doméstica de resíduos orgânicos. Em algumas províncias, a compostagem é obrigatória para cidades com mais de 50 mil habitantes e, em outras, foi banido o recebimento de resíduos orgânicos nos locais de disposição de resíduos.



Saiba mais na edição especial do Jornal da Câmara, lançada por ocasião da XII Conferência das Cidades, com destaque para o tema resíduos sólidos. Disponível no link: Conferência das Cidades

2 de ago. de 2012

Feliz Aniversário PNRS - 2 anos






A PNRS completa 2 anos e, além de buscar organizar a questão do pós-consumo cada vez mais frenético de nossa geração, funciona como instrumento de inclusão social, ao obrigar instituições públicas e privadas a considerar a participação de cooperativas de catadores de recicláveis, que já exerçam atividades no município e que possuam capacidade técnica e operacional para realizar o gerenciamento dos resíduos recicláveis.

Veja como você pode participar desse importante movimento social, econômico e ambiental.

Saiba mais no link: Política Nacional de Resíduos Sólidos