18 de nov. de 2015

O PIB que queremos

fonte: Inpe
Em 2012, as 193 nações participantes da Rio+20 assinaram o documento "O Futuro que Queremos". Com 283 itens, o documento fala dos objetivos globais para um mundo mais justo, igualitário, protetor do ambiente e preparado para enfrentar as mudanças climáticas. Sem tradução oficial em português, o documento inspirou a cartilha lançada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que traduz em linguagem educativa o conceito geral dos temas discutidos na Rio+20.

No item 38, as nações reconhecem que precisam de indicadores mais abrangentes para medir o produto interno bruto (PIB). Em Fórum de Sustentabilidade, realizado em novembro de 2015, o economista Eduardo Giannetti defende essa mudança de indicadores. Segundo ele “O PIB é cego para os impactos ambientais das nossas atividades. Se uma comunidade tem acesso a água potável de graça com a mesma facilidade que temos ar, essa água disponível não entra nas contas do país. Mas se esse recurso é poluído e você precisa tratá-lo e revender água engarrafada, o que acontece com o PIB? Ele aumenta. Tem alguma coisa profundamente errada nessa contabilidade" (clique aqui para o texto completo).

Na década de oitenta, foi criado IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, em contraponto ao PIB. O IDH leva em consideração saúde, educação e renda da população. Sua criação rendeu o Prêmio Nobel de Economia de 1998 ao indiano Amartya Sen. Apesar dos aspectos sociais avaliados, o IDH ainda não é o indicador que queremos. Buscamos um indicador que avalie de maneira mais completa o desenvolvimento das nações, levando em consideração o bem estar social e a conservação da natureza. Buscamos um indicador que reflita o futuro que queremos. 


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